Agricultoras paraibanas dizem 'não' aos parques eólicos na 13ª Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia
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Agricultoras, lideranças e agentes da CPT de Campina Grande e de Guarabira (Paraíba), de Mossoró (Rio Grande do Norte) e de Garanhuns (Pernambuco), participaram na manhã da segunda-feira, 02 de maio, da 13ª Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia.
Tendo como lema como lema "Mulheres em defesa do território: Borborema agroecológica não é lugar de parques eólicos", mulheres de diversas comunidades paraibanas e de Pernambuco marcharam pelas ruas da cidade de Solânea, na Paraíba, dizendo ‘não’ aos parques eólicos, que não respeitam os territórios, a vida e o fazer camponês.
O ato das mulheres não é contra a energia renovável, mas sim contra o modelo de produção de energia a partir dos parques eólicos. O debate levantado pelas participantes é que esses grandes empreendimentos vendem a imagem de energia limpa, mas concentram a terra e ameaçam a produção da agricultura familiar camponesa.
Com o avanço os parques eólicos na região paraibana da Borborema, ficará cada vez mais difícil produzir alimentos saudáveis e viver ali. Tem-se como exemplo o que ocorreu município de Caetés, no agreste pernambucano, onde há 7 anos o povo camponês enfrenta os problemas do modelo energético desrespeitoso com a vida. Entre os problemas estão a poeira, as doenças, o barulho dos aerogeradores 24h por dia e as próprias torres, passaram a oferecer risco de morte aos moradores.
A atividade, realizada pelo Polo da Borborema e pela AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia, contou com relatos de agricultoras de Caetés, que contaram ter perdido a paz e o amor de viver no território depois da chegada dos parques eólicos, bem como com depoimentos de agricultoras do município de Tibau acompanhadas pela CPT Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte, junto à Marcha Mundial de Mulheres.
A Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia acontece todos os anos, desde o final dos anos 1990, dar visibilidade ao papel das camponesas na agricultura familiar e denunciar todas as formas de violência contra a mulher.
#PelaVidaDasMulheres #SemFeminismoNãoHáAgroecologia
Fotos: Equipes da CPT Campina Grande e Guarabira (PB) e Mossoró (RN)
PPP da Violência no Campo
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A Comissão Pastoral da Terra (CPT) oferece o maior banco de dados da América Latina e do mundo sobre os conflitos no campo em um país. A série histórica desses registros e sua divulgação tiveram início em 1985, com a publicação da primeira edição do Caderno Conflitos no Campo Brasil, e seguem até os dias atuais. Esse extenso banco de dados nos fornece elementos para analisarmos a dinâmica da luta e da resistência no campo brasileiro e, sobretudo, como se movimentam os blocos de poder patrocinadores da violência no campo: o poder privado e o poder público.
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Localizado a 6 quilômetros de Garanhuns, maior cidade do Agreste Meridional de Pernambuco, o Quilombo Castainho tem sentido o impacto do crescimento desordenado dos centros urbanos. Uma das principais lideranças quilombolas da região, José Carlos da Silva, conhecido como Zé Carlos do Castainho, de 65 anos, observa ao longo do tempo o avanço da zona urbana sobre a zona rural. Só nos últimos 30 anos, ele relembra, viu as águas da nascente do Rio Mandaú se tornarem inutilizáveis por conta da poluição e falta de saneamento, e, em alguns pontos, até mesmo secarem.
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