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- Categoria: Trabalho Escravo
Artigo*
“O Alojamento era um barraco de lona, sem paredes, fogão, banheiro, pia, luz elétrica. Não tinha nada. Um fiscal vigiava a gente o tempo todo. Às 4h da manhã, ele colocava os holofotes do carro dentro do barracão. Todos os dias eu preparava o café da moçada. Se a gente não fizesse, não comia. Cansamos de andar até 20 quilômetros a pé para chegar ao trabalho, com chuva ou sem. O mato não era baixo como o ‘Meladinho’ tinha prometido. Era uma juquira alta, serviço para trator. Um dos trabalhadores fez a conta: cada um de nós estava ganhando R$0,75 por dia. Parávamos por volta do meio dia para comer. Era arroz com mandioca fria, sem gosto. Como a gente comia no tempo, a água misturava na marmita. Nem tinha apetite para comer aquilo ali. Trabalhávamos até anoitecer. Um dia, um temporal tomou o céu. Era uma chuva de raios. Eu e mais três roçávamos perto de uma cerca elétrica e decidimos retornar ao barraco, com medo. Eram 14h30. Mal entramos e o fiscal veio para cima. Não adiantou explicar, o fiscal obrigou a gente a voltar. Deu o pior. Um trovão caiu perto da gente e cada um caiu para um lado. Nem sei explicar o que senti. O fiscal fez a gente levantar e retomar o serviço.”
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Em Nota Pública, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), através de sua Campanha de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo, e a Comissão Episcopal Pastoral Especial de Enfrentamento ao Tráfico Humano da CNBB, se manifestam sobre a Portaria do Ministério do Trabalho que "numa só canetada, elimina os principais entraves ao livre exercício do trabalho escravo tais quais estabelecidos por leis, normas e portarias anteriores". Confira:
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Seriam necessárias, em média, uma fiscalização a cada dois dias para que, até o fim do ano, o número de operações contra o trabalho escravo fosse semelhante ao de 2016. Até o momento, segundo dados do Observatório do Trabalho Escravo, em 2017, só foram realizadas 18 operações de Grupo Especial de Fiscalização Móvel. Em 2016, foram 106. O Ministério do Trabalho está com estes serviços paralisados.
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A crise fiscal já afeta as fiscalizações de trabalho escravo no país, segundo entidade que atua no combate a esse crime e fiscais do trabalho. A quantidade de estabelecimentos fiscalizados no primeiro semestre caiu para menos da metade neste ano na comparação com 2016, aponta levantamento divulgado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT).
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