Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Fiscais do Ministério do Trabalho flagraram centenas de cortadores de cana-de-açúcar em condições precárias numa lavoura no município de Campos, Rio de Janeiro.

Botas rasgadas e sem qualquer equipamento de segurança. Os lavradores trabalhavam em uma usina de outeiro, área rural de Campos, em condições subumanas.

O trabalhador rural Marciano Machado disse que o dono da usina disse que o dono da usina não ofereceu os trajes obrigatórios. “Fazer o que se a firma não da o necessário? Tem que trabalhar com essa. A gente precisa. Vai fazer o quê?”, questionou.

Outro trabalhador denunciou que a rescisão do contato pelo serviço prestado no ano passado sequer foi paga. O acordo feito entre a usina e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, de parcelar em três vezes o valor, ainda não foi totalmente cumprido. “Vieram pagar uma parcela no meio do mês. E ainda tem duas para trás”, reclamou.

Segundo os fiscais, todos os funcionários trabalham de forma clandestina, ou seja, não tiveram as carteiras de trabalho assinadas pelo dono da usina.

Dos cerca de 300 trabalhadores encontrados, oitenta por cento realizavam os serviços fora dos padrões exigidos por lei. Para eles, falta também água potável e local adequado para alimentação.

“A parte de estrutura de higienização do trabalhador é inexistente. O problema está sendo bem maior do que aquilo que imaginávamos”, disse o procurador do Jorsinei Nascimento.

Nenhum responsável pela usina sapucaia foi encontrado para falar sobre as irregularidades.



Site Gobo Rural, 17/07/09

 

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