Um trabalhador rural morreu durante a queima da cana em São Paulo. Segundo a família, ele estava preocupado com a falta de equipamentos de segurança.
O clima era de tristeza e indignação no velório de Sidnei dos Santos. O irmão Marlei dos Santos tentava entender como aconteceu o acidente. “Todo mundo quer saber a verdade. Está tendo muita conversa. Ter certeza de que tem equipamentos de segurança para esse tipo de serviço”, disse.
Sidnei tinha 40 anos e trabalhava há dez anos na Usina Bela Vista em Pontal. O acidente aconteceu durante a madrugada na Fazenda São Pedro, perto de Pontal. Ele era o responsável pela queima da cana. Os amigos sentiram falta do trabalhador com o canavial em chamas. Quando foram procurar, encontraram o corpo carbonizado.
No velório, os colegas de trabalho que estavam no momento do acidente não quiseram comentar o caso. A mulher de Sidnei, Rosinéia Aparecida Porto, disse que ele trabalhava preocupado.
“Ele comentou comigo na semana passada que levaria a câmera para tirar uma foto porque eles carregam o botijão de gás nas costas. A roupa que trabalhavam era a roupa da lavoura normal: a botina, a calça, a camisa e a luva, que ele mesmo comprava”, contou Rosinéia.
O responsável pelo setor agrícola da Usina Bela Vista, Donato Arcanjo, não quis comentar a falta de segurança no trabalho. Por telefone, informou que a empresa vai apurar as causas do acidente.
Site globo Rural, 13/07/09