Zona de injustiças - Trabalho rural em Pernambuco: o ataque aos direitos e a volta ao passado
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A supressão de direitos dos(as) trabalhadores(as) assalariados(as), a precarização profunda do trabalho e o ataque às suas instituições sindicais legítimas se tornaram, nos últimos anos, uma política oficial do Estado brasileiro e um projeto estratégico de grandes empresas empregadoras, rurais e urbanas. Em Pernambuco, essa ofensiva tem gerado impactos profundos para os trabalhadores(as) na atividade canavieira e na fruticultura, corroendo drasticamente a dignidade de cerca de 200 mil assalariados rurais de ambos os setores e, por consequência, de suas famílias, que formam um expressivo contingente da população pernambucana.
Ocupações do MST em Pernambuco homenageiam padre Tiago Thorlby
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No início de maio, várias ocupações de latifúndios foram realizadas no estado de Pernambuco pelo Movimento de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST). As ocupações fazem parte da luta pela terra realizada anualmente em homenagem aos 21 mortos no massacre de Eldorado dos Carajás e como forma de protesto contra a impunidade e a violência no campo.
Em encontro, comunidades camponesas de Alagoas partilham sementes não transgênicas para fortalecer as práticas agroecológicas
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“O encontro com agricultores, e especialmente com agricultoras, com mulheres envolvidas na relação com a terra e com as sementes, é algo muito forte, porque eu encontro um pouco meu habitat, que é a terra, são as sementes e as mulheres com um conhecimento simples, mas com tanta autoridade para falar sobre coisas muito importantes para a nossa sobrevivência e do planeta: plantar, resgatar e se relacionar com as plantas, com a terra, com outros seres que também têm sua vida própria e precisam do respeito, da atenção, dessa relação recíproca”, relatou a camponesa Águida Póvoas Marinho, da comunidade do assentamento Flor do Bosque, sobre o Encontro de Sementes realizado na semana passada.
O 2º Encontro de Sementes, promovido pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Alagoas, aconteceu nos dias 10 e 11 de maio no assentamento Flor do Bosque, localizado no município de Messias. A programação contou com mística – momento de reflexão, com músicas e leituras bíblicas, orações; leitura dos encaminhamentos do último encontro, realizado pouco antes da pandemia, em 2020; exibições de vídeos, debates, troca de sementes e compromisso de cada comunidade a respeito dos encaminhamentos da atividade.
Os participantes do encontro conversaram sobre a importância do banco de sementes e da conservação das mesmas, deram continuidade as ideias de mapeamento das espécies existentes em cada comunidade, a seleção de qualidade e a partilha com objetivo de diversificar as plantações e ampliar as práticas agroecológicas.
“Nesse encontro eu troquei sementes não modificadas, sementes que a gente pode chamar de crioulas, porque não passaram pelo processo de modificação feito por laboratórios e pelas indústrias. Trouxe algumas sementes e uma muda [de planta] que já está já está na terra. Mais para frente não eu posso falar do resultado das sementes”, contou Águida.
A camponesa apresentou sua experiência com a produção do pão caseiro feito de inhame, doce e biomassa de banana. “É um pão que não é totalmente orgânico porque leva farinha de trigo, mas como eu acrescento esses outros produtos, fica um pão mais saudável, mais próximo de um pão é orgânico, eu diria assim”, explicou.
Para Águida, a partilha do pão durante o lanche do encontro foi muito gratificante. “Quando a gente consegue que pessoas simples, que são acostumadas a comer o pão das padarias, provem e aprovem é um sinal muito positivo. Foi outra experiência boa! Primeiro, de partilhar com pessoas que não tem o acesso a esse tipo de alimente, que é mais elaborado; segundo, ver as pessoas comerem e gostarem”, concluiu.
Foto: Equipe CPT Alagoas
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