Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Entre janeiro e setembro de 2008 o Grupo Móvel de Fiscalização do Trabalho Escravo já resgatou mais de 3,4 mil trabalhadores de situação semelhante à de escravidão no Brasil. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (09) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com base no trabalho de fiscalização realizado em 149 fazendas de todo o país. As operações custaram aos proprietários de fazendas aproximadamente R$ 6 milhões em indenizações trabalhistas. O Pará continua sendo o estado com maior número de ocorrências de trabalho escravo. Até setembro desse ano foram 50 propriedades fiscalizadas e 523 trabalhadores resgatados de fazendas nos municípios paraenses. A forma mais freqüente utilizada pelos fazendeiros para que os trabalhadores se tornem dependentes dos serviços que prestam a eles, é a situação de endividamento do trabalhador com o empregador, o que é conhecido como “escravidão por dívida”. Os trabalhadores acabam pagando por alimentação e todo o tipo de equipamentos de trabalho. Essa situação faz com que os trabalhadores fiquem sempre devendo dinheiro aos fazendeiros e dessa forma não abandonem a propriedade.

O Ministério do Trabalho aponta que nos últimos cinco anos foram mais de 18 mil pessoas retiradas de situação semelhante à de escravidão. Em todo o mundo a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que sejam 27 milhões de pessoas vítimas dessa prática.

Fonte: Radioagência Notícias do Planalto

 

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