Durante o mês de abril, entidades e movimentos sociais de luta pela terra de todo o país organizaram diversas mobilizações com o objetivo de questionar a estrutura fundiária do Brasil e apresentar proposta de um novo modelo de produção para o campo, que garanta a soberania alimentar, energética, a partir da defesa da Reforma Agrária. Para os movimentos, o Brasil ainda não conseguiu resolver os problemas dos pobres do campo, que continuam sendo alvos da violência do latifúndio e da impunidade da justiça.
Trabalhadores rurais da Usina Taquara e Destilaria Porto Alegre bloquearam dois trechos da BR – 101, entre as cidades de Joaquim Gomes e Colônia Leopoldina, em Alagoas, na manhã desta segunda-feira, dia 04.
A proposta de reforma do Código Florestal Brasileiro, defendida pelos parlamentares da bancada ruralista como forma de reduzir a chamada reserva legal - e, consequentemente, aumentar a área de atuação do agronegócio no país - foi colocada em xeque por legisladores e entidades ambientalistas na tarde desta terça-feira (29/04), durante audiência pública realizada no Senado Federal.
Um estudo feito pelo Instituto de Terras do Pará (Iterpa), em conjunto com instituições que atuam na questão fundiária, revelou a dimensão da grilagem de terras no estado paraense. Após três anos de pesquisa, foi constatado que mais de seis mil títulos de terras registrados nos cartórios do Pará contém irregularidades. Somados, os papéis representam mais de 110 milhões de hectares, o equivalente a quase um Pará a mais. Este número comprova as irregularidades.