Com o objetivo de dar visibilidade à luta em defesa da Terra e denunciar os impactos causados pelo capital à nossa Casa Comum, a jornada da Terra de 2025 começou na última quinta-feira, 22.
Setor de comunicação da CPT NE2
Imagens: Ângelo Zanré/CPT
O Seminário de abertura foi realizado na Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, com o tema "Escutar a Terra e descolonizar o futuro: mudanças climáticas e diálogo de saberes”. A atividade reuniu estudantes do ensino médio e universitário, pesquisadores e pesquisadoras, além de representantes de diversas organizações e movimentos sociais.
A mesa de abertura contou com a presença da presidenta da Fundaj, Márcia Angela Aguiar, além de representantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e do Centro Sabiá. Após a abertura, o seminário seguiu com as discussões do tema. Contribuíram com os debates Rosa Amorim, deputada estadual; Pai Ivo de Xambá; Wyne Nogueira, do povo Xukuru do Ororubá; e Fábio Pedrosa, professor da UPE e pesquisador da Unicap.
Durante as falas, foram abordados temas como a emergência climática em Pernambuco, a importância de uma educação ambiental voltada para a igualdade social, com ênfase na cultura dos povos tradicionais, e a valorização das práticas ancestrais e da espiritualidade na relação com os territórios. Também foi alvo de críticas a flexibilização da legislação ambiental, em especial o Projeto de Lei 2159/2021, conhecido como "PL da Devastação".
A Jornada da Terra segue até o dia 22 de julho com uma ampla programação de atividades que colocam no centro do debate a urgência da transformação radical do sistema capitalista e de seus impactos sobre a Terra e os povos que nela vivem!