Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Teve início na última terça-feira (26) a operação Arco de Fogo no Pará. A operação conta com a participação de 300 pessoas dentre agentes Polícia Federal, técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e membros da Força Nacional de Segurança Pública e pretende acabar com a ação ilegal de madeireiras no Pará.

Na semana passada a operação Guardiões da Amazônia, que apreendeu aproximadamente 15 mil metros cúbicos de madeira, foi interrompida por um protesto de cerca de 600 funcionários de madeireiras. Contudo, as autoridades decidiram não recuar no combate ao desmatamento na floresta amazônica e iniciaram a operação Arco de Fogo.

Estima-se que na cidade de Tailândia, onde iniciaram os trabalhos, mais de 40 mil metros cúbicos de madeira sejam encontrados nos próximos dias em galpões clandestinos. A previsão é que dure cerca de 60 dias o transporte de toda madeira apreendida para o município de Marituba, na região metropolitana de Belém. O Governo do Estado do Pará pretende leiloar toda a madeira – na grande maioria ipê e maçaranduba – e reverter a renda para programas sociais de atendimento aos que deixam a atividade.

Segundo informações da Agência Brasil, 70% dos recursos que circulam na cidade de Tailândia são advindos do setor madeireiro, e das 147 medeireiras cadastradas na Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Pará destas apenas 60 têm licenciamento ambiental para a atividade.

A perspectiva da operação é atuar em 36 pontos críticos de desmatamento e, ainda segundo informações da Polícia Federal, esta ação terá caráter permanente para evitar que após aplicada as multas as madeireiras clandestinas voltem a funcionar.

Mariana Martins para a Comissão Pastoral da Terra NE II, com informações da Radioagência Notícias do Planalto e a Agência Brasil

 

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