Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Neste fim de ano a Rede Ambiental do Piauí - REAPI e os Movimentos Sociais realizarão um protesto contra a devastação dos recursos naturais do Piauí e que, segundo as entidades, é promovida pelo atual modelo de políticas públicas para o meio ambiente adotada no governo atual.

A entidade que congrega diversas ONGs ambientais do Estado acusa o governo de não ter responsabilidade com a Natureza. De acordo com os coordenadores da REAPI os ambientalistas estão repudiando a destruição dos recursos naturais pela multinacional Bunge Alimentos e a empresa JB Carbon e Brasil Ecodiesel, todas apoiadas pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado e IBAMA.

O protesto vai acontecer no próximo dia 18 às 10h em frente ao Palácio de Karnak.

Governo do Piauí libera destruição do Meio Ambiente

A sociedade piauiense é testemunha de um dos maiores crimes já cometidos na história atual contra o patrimônio ambiental do Piauí. Ecossistemas como a Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Manguezais vêm sendo dizimados somente para satisfazer a ganância e a luxúria de empresários sem escrúpulos que objetivam apenas saquear a Natureza. Tudo com o aval do Governo do Estado e políticos. Preocupados, os ambientalistas de todo o Estado resolveram denunciar os crimes ambientais que acontecem no Piauí.

01 - Desmatamento: de Norte a Sul, Leste a Oeste está ocorrendo disseminação das espécies vegetal em troca do cultivo de monoculturas (soja, mamona, eucalipto e etc) ou simplesmente para a produção de carvão vegetal.

02 - Carvoarias: A corrida pela transformação da mata nativa em carvão vegetal para alimentar as siderúrgicas brasileiras virou uma febre no Estado. Em um ano no Sul do Estado foram instaladas mais de 50 carvoarias. A autorização para a instalação das carvoarias é emitida pela Secretaria de Meio Ambiente e Ibama. Pelos menos 5 mil fornos queimam implacavelmente a vegetação nativa do Cerrado.

03 - Projetos do Agronegócio: Dezenas de gringos e forasteiros do Sul do país são agraciados pelo governo do Piauí com terras grilada e isenção fiscal para produção de monoculturas transgênicas, envenenamento de lavouras e homens, trabalho escravo, destruição da vegetação e dos recursos hídricos.

04 - Os beneficiados com essa política de destruição dos recursos naturais do Piauí são poucos, os principais são a BUNGE ALIMENTOS, JB CARBON, BRASIL ECODIESEL, FAZENDAS DO AGRONEGÓCIO.

05 - 15 trabalhadores rurais morreram vítima dos agrotóxicos utilizados no plantio de soja na região do Cerrado. Todos eles apresentavam os mesmos sintomas e causa mortis. O governo prefere deixar o assunto no esquecimento.

06 – Favelização dos grandes centros urbanos: causando fome, prostituição, perda de conhecimentos tradicionais, consumo de drogas, marginalização, desemprego e outros.

07 – Degradação da bacia hidrográfica do rio Parnaíba: Vários rios e riachos que compõem a bacia hidrográfica já dão sinais de falência e estão completamente envenanados por agrotóxicos. Muitos já estão compeltemnte secos, como é o caso do riacho do Sangue que passa a 6 Km da fábrica da Bunge Alimentos em Uruçuí-PI.

Desenvolvimento a qualquer custo não dá!

Preservar é o melhor caminho.

Rede Ambiental do Piauí - REAPI

 

Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

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