Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

O estado de Pernambucano é o recordista de casos de violência contra a mulher.

Só este ano, já chega a 78 o número de vítimas. Para dar visibilidade aos alarmantes números da violência no estado, o Fórum das Mulheres de Pernambuco organiza uma vigília toda última terça-feira de cada mês. Dando continuidade a esta iniciativa, que começou em janeiro de 2006, hoje foi realizado mais um manifesto, que reuniu representantes de movimentos sociais, familiares de mulheres assassinadas, e pessoas de diversas comunidades que voltaram às ruas para pedir, mais uma vez, o fim da violência contra as mulheres e cobrar políticas públicas de enfrentamento e prevenção. Este mês, as mulheres estarão carregando pirulitos com os 78 nomes das mulheres assassinadas desde o ínicio do ano para mostrar a triste realidade que coloca estado de Pernambuco entre os maiores índices de homícidios em violência de gênero do país. As mulheres reivindicam também melhores condições de atendimento dos serviços à mulher vítima de violência. Além disso, o Fórum de Mulheres de Pernambuco também está atento ao acompanhamento do Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, criado no dia 08 de março deste ano pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, em cumprimento à Lei Maria da Penha. Em visita ao local observou que pouco está sendo agilizado para o funcionamento e atendimento. As mulheres exigem o cumprimento da lei não somente com estrutura instalada, mas com efetivação de equipe técnica competente, segurança no local e agilidade para efetivar as audiências. E não é só o estado de Pernambuco que está na luta pela não violência contra a mulher. Lançada este mês, a pesquisa "Violência e Saúde da Mulher" realizada com usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) no Recife e em São Paulo, revela grande incidência de agressão praticada por parceiros sexuais e mostra a limitação na assistência às vitimas, já que não há uma política de acolhimento nos postos e hospitais. A pesquisa foi realizada pela ONG SOS Corpo e pela USP que ouviram 3.831 mulheres de 15 a 49 anos. Ainda com relação ao tema, o Instituto Patrícia Galvão promoveu ontem, em São Paulo, um debate que mostrou os diversos pontos de interseção entre a violência urbana e a violência contra a mulher.

Fontes: Fórum de Mulheres de Pernambuco e Instituto Patrícia Galvão

 

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