Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Nas últimas semanas duas decisões sobre os transgênicos foram anunciadas pela Comissão Técnica Nacional de Biosegurança. Uma, a de suspender a liberação comercial da variedade “Liberty Link”, produzido pela multinacional Bayer CropScience, agradou as organizações da sociedades civil que são contra os organismos geneticamente modificados.

Em contra partida, dias depois, a mesma Comissão, que vem sendo acusada pelas organizações de estar atrelada aos interesses do mercado, liberou o plantio do eucalipto transgênico. As entidades e movimentos sociais afirmam que a probabilidade de contaminação das sementes crioulas, mesmo com as medidas de segurança previstas para o plantio, é quase certa.

Leia as notas na íntegra

Suspensa liberação comercial de milho transgênico

Foi suspensa no dia de 18 de junho, por decisão da Justiça Federal do Paraná, a liberação comercial do milho geneticamente modificado “Liberty Link” produzido pela multinacional Bayer CropScience. A medida liminar também proibiu a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) de decidir sobre novos pedidos de aprovação de outros tipos de milho transgênico. Dois dias depois, uma nova decisão da justiça manteve a proibição da liberação do “Liberty Link”, permitindo a análise dos processos suspendendo, porém, “os efeitos de eventual autorização até o julgamento da liminar”. A aprovação da CTNBio pela liberação do milho geneticamente modificado se deu no dia 16 de maio, por 17 votos a quatro. Vários movimentos sociais, entidades e organizações de defesa do meio ambiente haviam se pronunciado contra a liberação comercial desse milho. (fonte: Jornal Valor Econômico)

Liberação do plantio de eucalipto transgênico é criticada por organizações sociais

A ONG Terra de Direitos, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa (ASPTA) e a Associação Nacional dos Pequenos Agricultores (ANPA) se manifestaram contra a decisão da CTNBio, do dia 21 de junho, que aprovou o plantio planejado do Eucalyptus GM. Com isso, os campos de experiência não necessitarão de bordaduras, desde que uma zona mínima de amortecimento ( 100 metros ) seja garantida, com ou sem árvores. A empresa deverá, ainda, eliminar as árvores comerciais do entorno conforme procedimentos silviculturais e industriais, não coletando ou armazenando sementes das mesmas. De acordo com a Terra de Direitos, esse tipo de plantação já existia no Brasil, apenas foram garantidas agora normas de biossegurança. Entretanto, essas normas são ineficientes e a CTNBio, como um organismo totalmente influenciado pela pressão do mercado em suas análises, não tem sido capaz de discutir profundamente as questões de biossegurança que seriam de sua atribuição. Até o momento muito pouco foi discutido sobre os direitos dos agricultores e consumidores que não querem nem consumir nem plantar transgênicos. (fonte: Adital)

 

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