Trabalhadores da empresa TG Agro-Industrial da cidade de aldeias altas, empresa de beneficiamento de cana de açúcar, estão em greve desde a ultima sexta feira, pelo menos 500 trabalhadores do corte de cana estão de braços cruzados porque a empresa segundo o sindicato dos trabalhadores rurais do município quebrou o acordo coletivo firmado entre a empresa e os trabalhadores. Segundo eles, falta água gelada no campo, o transporte também estaria irregular, cada ônibus estaria transportaste até 70 pessoas quando deveria levar 45, além da falta das EPI’s equipamentos de proteção individual, como: luvas, caneleiras e mascaras, além da falta de comprovante de produção diária. Os trabalhadores recebem também apoio de produtores da região.
“Agora no momento regularização das cláusulas quebradas do acordo coletivo, questão de água que é fundamental comprovante de produção. A empresa da um jeito de levar o trabalhador pro campo na hora de voltar o trabalhador não sai no horário que é pra sair porque o trabalhador sai 5 horas da praça e é pra sair do campo 3:20 tem trabalhador que chega a sair do campo 7 horas da noite”, falou Idiogenes Soares – Coordenador de Política Social do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Aldeias Altas.
“Nós se sente como um escravo lá no campo de cana lá nós é chamado de boca porque nós só trabalhamos pra comer. Eu conheço um pai de família lá que ele tem uns cinco meninos pequeno 5 anos ele tirou 300 reais um mês, trabalhando e não tinha falta trabalhava o dia todinho, para na hora que agente parava”, confirmou Fredson de Pinho Oliveira – trabalhador.
“Tão humilhando o povo no campo tratando não como e trata um cidadão eles estão tratando como se trata um bandido um escravo”, Edivaldo Pereira dos Santos – trabalhador.
“O pessoal tão sendo prejudicado não tão recebendo seus salários em dia tão explorando rigorosamente no campo dando uma bracejem imoral estafante pro trabalhador”, Ricardo Tenório – Produtor Rural.
Outra situação denunciada foi a repressão do movimento grevista pela policia militar. De acordo com o sindicato e os trabalhadores, quando os cerca de 500 trabalhadores interditaram a via de acesso a empresa, foram surpreendidos por tiros desferidos por policiais, de Aldeias Altas e de Caxias, chamados à cidade. O resultado, alguns trabalhadores saíram com pernas quebradas, outros feridos no braço e perna, dezenas de cápsulas foram recolhidas pelos trabalhadores para provar a ação policial. Segundo eles além de bombas de efeito moral, balas reais foram utilizadas na ação.
“O motivo de eu tá aqui é muito triste hoje eu fui atingido minha perna e não tô me sentindo feliz. Nós só tava reunindo a turma quando eles chegaram foi metendo bala em todo mundo”, disse, Antonio Nonato – trabalhador.
“A prova tá aqui bem aqui a casca de bala que eles tava atirando no povo e o resto tá aqui, atingiu agente que não tinha nada a ver com a greve, uma mulher buchuda, criança que vinha passando da escola, velhinho que vinha pro banco, tudo foi atingido, através deles atirando no povo que não merecia isso não”, denunciou Edivaldo Pereira dos Santos – Trabalhador.
“Eu comecei trabalhar pensando que a empresa era uma empresa com responsabilidade que não infligia os direitos da gente agente entrou aí deu nisso aí quebra de acordo coletivo praticamente todos foram quebrados por isso que agente começou a greve e tá reivindicando nosso direito e quando agente tá lá reivindicando nossos direitos, a policia chega metendo bala em todo mundo”, reinteirou, Francisco Costa soares – trabalhador.
Os representantes da empresa não quiseram falar sobre o assunto, mesmo depois de reunir com o sindicato e os representantes da empresa o ministério publico do trabalho não chegou a nenhum acordo, ficando pra amanhã terça feira uma nova audiência.
“Nós estamos em processo de negociação hoje não foi possível um acordo ficou marcado pra terça feira nós continuarmos a negociação e tentar colocar um fim nesse conflito”, Maria Helena Moreira – procuradora do trabalho.
Trabalhadores da empresa TG Agro-Industria entram em greve
- Detalhes
- Categoria: Código Florestal