Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Estatísticas fornecidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre o número de aeronaves atuantes no Brasil para pulverização aérea, mostram um elevado crescimento desse setor.

Em dez anos houve um aumento de quase 100% das frotas utilizadas para esse fim. Em 1999, eram 684 aeronaves que faziam esse tipo de serviço em todo o país. No ano de 2010 o número de aviões em operação para despejar veneno agrícola nas lavouras cresceu para 1350.


 

 

Desde 2009 nos tornamos o maior consumidor de agrotóxico do mundo, ao utilizarmos por ano mais de 1 bilhão de litros de veneno nas plantações.

No que se refere exclusivamente à puvelrização, dados da Embrapa mostram que mesmo com calibração, temperatura e ventos ideais, essa atividade deixa cerca de 32% dos agrotóxicos retidos nas plantas e 49% no solo, enquanto 19% se expandem para áreas circunvizinhas à da aplicação. 

De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), as operações se dão, principalmente, na produção de soja (54%), algodão (25%) e arroz.

Num debate que ocorreu no mês de agosto na Câmara dos Deputados, com a presença de representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), do Sindag e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), concluiu-se que há pouco controle por parte do estado brasileiro sobre a pulverização aérea de venenos agrícolas, contando ainda com uma precária estrutura de fiscalização.

Durante o debate, o deputado Padre João (PT-MG), relator da subcomissão, concluiu ainda que a legislação específica para o setor é frágil.

Mesmo assim, em nota, a associação nacional da aviação de uso de aviação agrícola lamenta o fato dessa atividade cobrir apenas 25% da área agrícola do país, quando o ideal, segundo eles, seria atingir a demanda de 70 milhões de hectares.

Fonte: http://www.mst.org.br/Numero-de-aeronaves-para-pulverizacao-aerea-dobra-em-dez-anos%20

 

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