Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Nove trabalhadores foram resgatados na última semana pelo Grupo Móvel de Fiscalização do Trabalho Escravo, em uma propriedade no estado do Maranhão. Os trabalhadores atuavam no cultivo de soja em uma fazenda no município de Balsas, localizado no Maranhão. O valor total em verbas rescisórias, pago pelo proprietário, ultrapassa os R$ 7 mil. O estabelecimento foi obrigado a firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para que as irregularidades encontradas no local sejam corrigidas. Todos os trabalhadores dormiam em alojamentos precários, com cobertura de palha, sem ventilação nem banheiros. Os fiscais encontraram redes que eram utilizadas como camas, armadas por cima de sacas de soja, cimento, fertilizantes e agrotóxicos. O relato dos trabalhadores diz que eles não contavam com equipamentos de proteção individual e material de primeiros socorros. Na mesma operação que durou duas semanas, o Grupo Móvel também interditou alguns alojamentos de carvoarias na região, mas nenhum trabalhador foi encontrado sendo submetido à situação semelhante à de escravidão.

A equipe promete retornar ao município de Balsas no próximo mês, já que existem várias denúncias de irregularidades trabalhistas em fazendas que cultivam soja nessa localidade. Em 2007 foram mais de 730 trabalhadores resgatados no estado do Maranhão. O estado também é o maior fornecedor de mão-de-obra escrava do país. No último ano, 1,3 mil trabalhadores libertados eram maranhenses.

Fonte: Radioagencia NP

 

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