Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Um grupo de 51 trabalhadores foi resgatado no estado do Mato Grosso (MT) pelo Grupo Móvel de fiscalização do Trabalho escravo. A ação se deu na última semana. Os trabalhadores foram encontrados na Fazenda Rio Mutuca, situada no município de Juara. Todos eles estavam em condições precárias de alojamento. A água utilizada para consumo humano e banho dos trabalhadores era a mesma disponível para o gado.
O Ministério Público do Trabalho e Emprego (MTE) estima que por manter os empregados nessa condição, o proprietário da fazenda deverá desembolsar cerca de R$ 200 mil. Com uma ação civil pública por reparação moral coletiva dos trabalhadores, que será encaminhada pelo Ministério, esse valor poderá chegar a R$ 1 milhão.

Os trabalhadores relataram aos fiscais que quando precisavam de atendimento médico, em razão de acidentes de trabalho, recebiam apenas auxílio para o deslocamento até uma balsa próxima à fazenda. Depois eles dependiam de carona para chegar ao hospital mais próximo. Segundo relato do fiscal responsável pela operação, Benedito Lima, em poucas operações foram “encontrados trabalhadores em situação tão degradante como a desses”. Todos eles foram encaminhados ao município de Juruena (MT) onde começaram a receber os direitos trabalhistas como seguro desemprego.

Dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) mostram que o estado do Mato Grosso é o segundo colocado entre os estados onde, nos últimos doze anos, mais trabalhadores foram libertados da condição de escravidão. São 18 fazendeiros mato-grossenses na lista suja do trabalho escravo elaborada pelo Ministério do Trabalho. Grande parte das libertações ocorre em fazendas de corte de cana-de-açúcar.

Fonte: Radioagência Notícias do Planalto

 

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