De 06 a 08 de junho aconteceu a Semana do Meio Ambiente do Instituto Federal da Paraíba, Campus Campina Grande, com o tema central “Campina Grande, sustentabilidade é o futuro!”. A CPT foi convidada para uma mesa redonda e uma roda de conversa, ambas relativas às energias renováveis e suas problemáticas socioambientais.
O evento teve como subtemas para discussão e aprofundamento os Recursos Hídricos, Energéticos e Resíduos Sólidos, contextualizando-os a realidade nordestina do semiárido. A proposta foi fortalecer politicamente o processo contínuo da educação ambiental em Campina Grande, e o IFPB como instituição que visa a formação integral do cidadão e o amplo debate social crítico e científico.
No dia 07, a mesa redonda “Energias renováveis no Nordeste e impactos socioambientais”, mediada por Maria Auxiliadora Dal Monte, foi iniciada com a palestra do professor do IFPB, José Gilson de Lucena, que abordou o tema “Importância das energias renováveis para sustentabilidade energética brasileira”. Vanúbia Martins, da equipe de formação da CPT e agente pastoral da equipe de Campina Grande, foi palestrante do tema “Os impactos socioambientais dos parques eólicos na Paraíba”.
Vanúbia apresentou os dados sobre esses impactos e falou sobre a necessidade de que o modelo de produção seja repensado nas pesquisas. “Fica claro que o modelo industrial, na lógica do crescimento infinito, não respeita o meio ambiente, nem as populações locais”, disse a educadora da CPT.
O professor Gilson, que trabalha com energias renováveis, reconheceu que o ensino técnico precisa ser humanizado e que a formação técnica é limitada. Por outro lado, a Semana do Meio Ambiente foi uma oportunidade para estudantes e professores do IFPB conhecerem um pouco a realidade, tão distante daquele meio, onde estão sendo instaladas as indústrias de energias renováveis.
No dia 08, a educadora da CPT esteve ao lado de José Wellington Barbosa, articulador e representante da Cáritas do Regional Norte 2 da CNBB, na roda de conversa “Para Quem os Ventos Sopram? Impactos Ambientais e Sociais dos Parques Eólicos no Nordeste”.
“Na oficina trabalhamos com um tribunal para quem defende o modelo industrial e quem defende um modo que respeite as comunidades se pronunciar. O debate sobre os danos às comunidades com estudantes secundaristas do nível técnico foi bom. Eles disseram que precisamos discutir os “efeitos colaterais” das tecnologias. Um bom começo!”, concluiu a Vanúbia.
Dados do segundo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, da rede Penssan, mostram que só 4 entre 10 famílias conseguem acesso pleno à alimentação.
A escalada da fome no Brasil está expressa em pratos cada vez mais vazios, olhares cada vez mais preocupados, e números em permanente e rápida ascensão. Em 2022, 33,1 milhões de pessoas não têm o que comer. É o que revela o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, lançado nesta quarta-feira (8/6).
Onze organizações ambientais francesas, além de povos indígenas do Brasil e da Colômbia, protocolaram ação, cuja primeira audiência será realizada nesta quinta-feira (9).
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