No momento em que Marabá recebe a visita do presidente da mais alta corte de justiça desse país para lançar um “mutirão agrário” que tem como objetivo cumprir liminares que beneficiam fazendeiros e grileiros de terras públicas na região, os movimentos sociais vêm a público dizer:
Os tempos que vivemos, no campo e nas cidades, nos convocam hoje a entender melhor esta época de mudanças. Novos conceitos e paradigmas marcam o nosso cotidiano com numerosas e grandes diferenças que nos deixam deslocados e perplexos. No meio destas mudanças, populações do campo e das cidades vêm sofrendo graves impactos e agressões convivendo com profundas incertezas diante do seu futuro e do planeta Terra.
Mesmo reconhecendo o envolvimento no crime, o júri decidiu absolver os capangas da antiga Fazenda Taipú, acusados pelo assassinato de um trabalhador rural sem terra, na Paraíba .
Aconteceu, nesta terça-feira, dia 1º, o julgamento dos acusados pelo assassinato do trabalhador sem terra ligado à CPT, Manoel Luiz da Silva, ocorrido há 12 anos, no município de São Miguel de Taipú, na Paraíba. Os acusados Severino Lima da Silva, 53 anos, e José Caetano da Silva, 60 anos, foram à júri popular no Fórum do município de Pilar, localizado a 52,2 quilômetros de João Pessoa (PB). O júri reconheceu por cinco votos a dois a participação dos réus no crime, mas, apesar disso, decidiu, por quatro votos a três, absolvê-los da acusação. O Ministério Público da Paraíba vai recorrer da decisão do júri popular.
O agronegócio visa somente o lucro e dificilmente irá ter uma real preocupação com as questões ambientais e relações de trabalho. A opinião é do Coordenador Nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT) Dirceu Fumagalli, que participou da divulgação dos dados preliminares do relatório de conflitos do campo. A região Norte foi a que apresentou os maiores índices de assassinatos e trabalho escravo do País.