Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Integrantes do Movimento Via do Trabalho (MVT) bloquearam diversos trechos de rodovias estaduais e federais no interior de Alagoas, na manhã desta sexta-feira (27). De acordo com o líder do MVT, Antonio Marrom, foram bloqueados trechos nos municípios de Cajueiro, Novo Lino, Joaquim Gomes, Rio Largo, União dos Palmares, Teotônio Vilela, Campo Alegre e Coruripe de 7h até as 11h. No início da tarde, apenas a BR-101 em Novo Lino, continuava bloqueado.

A pauta de reivindicações é extensa. A gente cobra entrega de casas, vistoria técnica do Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] para desapropriação de terras, reforma agrária e urbana, além de cobrar investigações sobre a morte de um adolescente de um dos nossos assentamentos, que foi assassindo em São Miguel dos Campos", explica Marrom.

Ainda segundo o líder do MVT, a manifestação foi executada por cerca de mil pessoas divididas entre os diversos pontos de bloqueio, que só terminou no final da manhã, como programado pelo movimento. "Até o Abril Vermelho [mês de lutas de movimentos sem-terra] haverá novos protestos de pauta nacional".

 

Equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram acionadas para controlar o tráfego de veículos no trecho interditado da BR-104, em União dos Palmares, próximo à Usina Laginha. Alguns pontos foram escolhidos estrategicamente.

"Nós estamos acampados desde junho do ano passado em três usinas do Grupo JL, nas usinas Laginha, Uruba e Guaxuma. Nós queremos que o Incra dê celeridade ao processo de desapropriação dessas terras para que nós possamos usá-las. São cerca de 10 mil famílias acampadas em todo o estado", contabiliza Marrom.

 

Em Rio Largo, os manifestantes utilizaram pneus em chamas para bloquear a rodovia. De acordo com um dos integrantes do movimento, a Polícia Militar foi ao local para negociar a liberação da via, mas não houve confronto. O ato só terminou após um entendimento dos responsáveis pelos protestos.

De acordo com um dos manifestantes, Gilvan Emídio da Silva, eles questionam a situação do residencial onde moram, o Conjunto Edson Novaes.

 

"A prefeitura prometeu nos tirar desse conjunto para outro e até agora não temos um posicionamento. Aqui tá terrível, não tem estrutura adequada, falta saneamento, queremos um local digno para morar", diz Novaes.

 

Fonte: G!,ALgoas, 28-02-15

 

 

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