Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

O secretário-geral da Via Campesina Internacional Henry Saragih está entre as “50 pessoas que podem salvar o planeta”, indicadas pelo diário britânico The Guardian, na edição de 5 de janeiro de 2008. 08/01/2008

A Via Campesina é um movimento internacional que congrega milhões de camponeses, pequenos produtores, trabalhadores Sem Terra e mulheres agricultoras ao redor do mundo. É composto de 132 organizações ativas em 56 países da Ásia, África, Europa e nas Américas.

No Brasil, a entidade é formada por MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), MMC (Movimento das Mulheres Camponesas), MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), CPT (Comissão Pastoral da Terra), Abra (Associação Brasileira de Reforma Agrária), Feab (Federação dos Estudantes de Agronomia), PJR (Pastoral da Juventude Rural) e quilombolas.

A Via Campesina considera a eleição uma vitória, mesmo com a presença de diversas personalidades que defendem posições e estratégias contraditórias. "O movimento camponês internacional está feliz em dividir com seus amigos e aliados esse reconhecimento público de sua importância na luta por um planeta mais justo e sustentável", afirmou em nota a coalizão internacional.

A entidade promove e pratica a “soberania alimentar”, o direito das pessoas e dos países definirem suas próprias políticas de agricultura e alimentação, levando em conta as prioridades das comunidades locais. Soberania alimentar significa encontrar mecanismos para proteger a produção local de alimentos dos baixos preços de importação, controlar essas importações para estabilizar os preços do mercado interno e desenvolver maneiras de evitar o dumping nos mercados mundiais.

A Via Campesina se opõe ao sistema neoliberal que promove a exportação de comida em todo o mundo, com alto uso de defensivos químicos, sementes genéticamente modificadas e controle das companhias transnacionais. "A mudança nas atuais políticas de agricultura é uma emergência global, se o mundo quer proteger a população, suas florestas, seus recursos hídricos e minerais nas próximas décadas", diz a nota.

A Via Campesina também assegura que a agricultura camponesa e a produção local de alimentos pode diminuir o aquecimento global através da redução do transporte e da produção de insumos agrícolas a base de petróleo (como pesticidas e fertilizantes) e pelo uso de práticas que armazenam CO2 e reduzem consideravelmente o uso de energia nas fazendas.

Fonte: Sitio MST, 08/01/2008

 

Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

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