Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Neste sábado (26), as entidades que participam da Campanha Nacional pela anulação do leilão da Vale do Rio Doce organizam, no Sindicato dos Bancários, a partir das 9h, o encontro de formação dos multiplicadores/as para realização do plebiscito popular da Vale do Rio Doce.

A Campanha é uma das principais tarefas assumidas pela Assembléia Popular - articulação social formada por entidades e movimentos populares, sindical e estudantil - para o ano de 2007.

No estado de Pernambuco, serão realizados três encontros de formação, um no Recife, que vai reunir a região metropolitana e a zona da mata e outros dois em Petrolina e Caruaru, que aglutinarão, respectivamente, o sertão e o agreste do estado. Após esta etapa, os multiplicadores darão início ao momento de formação e mobilização para a realização do plebiscito, que acontece de 1 a 7 de setembro.

Encontros como este já foram realizados em outras capitais, dentre elas São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte. O objetivo da Campanha é que este tipo de formação aconteça em todos os estados durante os meses que antecedem o dia da votação. Para Sônia Freitas, da Comissão Pastoral da Terra, uma das entidades organizadoras da campanha, os encontros preparatórios são fundamentais para conscientizar, esclarecer e mobilizar a população. “Esta formação deve ajudar a conscientizar sobre os problemas da nação, contribuir com processo de mobilização popular e na criação de comitês para organização do plebiscito”, explica Freitas.

A Vale do Rio Doce, a segunda maior empresa brasileira - a primeira é a Petrobrás – foi vendida há dez anos, durante o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A venda da Companhia Vale do Rio Doce ficou na história por ter sido denunciada por irregularidades jurídicas na transação, além da desvalorização do preço da companhia, que foi vendida por 3,3 bilhões de reais, enquanto seu patrimônio à época estava avaliado em 40 bilhões de reais. Estas irregularidades deram origem a mais de cem ações populares contra o leilão, das quais 69 ainda estão em andamento.

A insatisfação das entidades e movimentos sociais com a privatização e com as irregularidades do leilão fez com que a Assembléia Popular organizasse a Campanha Nacional pela anulação do Plebiscito da Vale do Rio Doce, que reúne cerca de 60 entidades em todo Brasil. A proposta da Campanha é fazer ressurgir nas discussões públicas os problemas que marcaram a venda da Vale do Rio Doce e mostrar ao governo, através de plebiscito popular, que a sociedade reivindica a anulação do leilão e a reestatização da Companhia.

 

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