Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Levantamento feito pelo Inesc mostragrande distância entre a realidade e a promessa feita pela Coligação LulaPresidente, em 2002, de demarcar todas as terras indígenas no primeiro mandato.

O Inesc apurou, no entanto, uma queda no investimento em regularização de terras indígenas, durante todo o mandato. O balanço do período demonstra que o governo declarou apenas 30 terras indígenas e homologou 66. Em 2006, pesquisa feita pelo Fórum de Defesa de Direitos Indígenas indicava mais de 450 demandas em relação à questão fundiária: desde a identificação, que é o início do processo de regularização, até a ampliação dos territórios indígenas.

A questão fundiária é de enorme importância para o povo indígena, que, por falta de regularização de suas terras, enfrenta dificuldade de auto-sustentação, ambientes degradados, fragilidade alimentar e perda da referência cultural coletiva. É comum índios saírem do território para trabalharem nas periferias de grandes centros ou se sujeitarem a esquemas de produção como o plantio de soja transgênica.

Mais informações na nota técnica nº 121, intitulada R20;Governo Lula investe pouco na regularização de terras indígenasR21;, disponível no site do Inesc.

Abril indígena: protesto e mobilização O movimento indígena se prepara para realizar no próximo mês uma ampla mobilização em torno do Abril Indígena, evento que tem como ponto alto o Acampamento Terra Livre e que deve reunir cerca de 1.000 lideranças indígenas na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, de 16 a 19 de abril. Em todo o país, serão promovidas manifestações.

Para o movimento, a política indigenista do governo Lula surpreende negativamente e a situação de desrespeito aos direitos indígenas está se agravando: há um aumento da violência contra os povos indígenas; ausência de educação escolar diferenciada; caos no atendimento à saúde indígena; paralisia na regularização de terras e falta de consolidação de programas de proteção, gestão e sustentabilidade dos territórios indígenas, entre outras questões apresentadas pelo movimento.

O Inesc participa do esforço para tornar visível a situação dos direitos indígenas do Brasil. E reconhece a necessidade de que o governo Lula promova mudanças substanciais na forma e no conteúdo da política, visando garantir os direitos desses povos.

Luciana Costa

Assessora de Comunicação do Inesc Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

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