Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Nascentes e matas ciliares do Rio São Francisco - vegetação que regula o fluxo da água e sedimentos que correm em um afluente - estão sendo destruídas pelo avanço das monoculturas de eucalipto e grãos na região de Minas Gerais. A denúncia é do geógrafo da Universidade de São Paulo (USP), Ariovaldo Umbelino de Oliveira. A expansão do cultivo de eucalipto na área das nascentes do Rio São Francisco já fez secar em Minas [Gerais] mais de 4 mil nascentes que formam o rio. Esta agricultura [de eucalipto] é profundamente predadora e depredadora do meio ambiente”. Segundo reportagem publicada pela TV Globo, na região de Januária, norte de Minas Gerais - conhecida como médio São Francisco - o desmatamento para plantio do eucalipto já atingiu um milhão de hectares. Como conseqüência, a mata ciliar, que antes funcionava como esponja para armazenagem da chuva, não retém água. Pelo contrário, ´lava´ a camada superficial do solo e carrega a lama para os rios, gerando o chamado assoreamento. O Rio São Francisco, que possui cerca de 2.800 km, tem sido alvo de centenas de debates nos últimos anos em razão do projeto de transposição de seu leito, supostamente para abastecer pequenos rios e açudes castigados pela seca. O projeto, que é de elaboração da equipe do governo federal, é questionado por ambientalistas e movimentos sociais, que defendem a revitalização no lugar das obras de transposição. De São Paulo, da Agência Notícias do Planalto, Clara Meireles

 

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