Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Manifestações em Maceió e Atalaia lembram assassinato de líder do MST ocorrido há um ano. Fonte: Tribuna de Alagoas on line Publicada em: 29/11/2006 Cerca de 5 mil trabalhadores rurais ligados ao Movimento dos SemTerra (MST), Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), Movimento de Libertação dos Sem–Terra (MLST) e da Comissão Pastoral da Terra (CPT) voltaram a ocupar a Praça Sinimbu, em Maceió. Os primeiros caminhões e ônibus com os agricultores começaram a chegar no final da manhã de ontem. Os organizadores dos movimentos aguardam para hoje a vinda de mais trabalhadores. Um outro grupo de trabalhadores estará concentrado em Atalaia, onde irá realizar, a partir das 10 horas, protestos e missa em memória ao integrante do MST, Jaelson Melquíades dos Santos, morto há um ano. Os agricultores ficarão na capital até pelo menos a próxima sexta–feira, dia 1º de dezembro, quando esperam conversar com o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Gilberto Coutinho, que está em Brasília. No encontro, eles irão reivindicar agilidade nos processos de reforma agrária, principalmente nas terras das fazendas da Agrisa e da antiga usina Peixe. De acordo com o coordenador do movimento, Marcos Antônio da Silva (Marrom), não existe estimativa de quando ocorrerá a desocupação da praça. "Estamos com mantimentos suficientes para estender a nossa estada em Maceió por tempo indeterminado. Sairemos daqui apenas quando as nossas reivindicações forem atendidas. Em Atalaia, nosso protesto pacífico irá denunciar a violência cometida contra as famílias sem–terra e a impunidade que tem sustentado esses crimes”, adiantou Marrom. A região de Atalaia é uma das áreas de maior conflito agrário do Estado. O assassinato de Jaelson Melquíades foi o mais recente. O agricultor foi assassinado com cinco tiros, próximo a um assentamento, na região de Ouricuri. Melquíades liderava cerca de 600 famílias de seis assentamentos e acampamentos na região. Antes de ser assassinado, Jaelson participava de uma aula do curso de Formação de Brigada, com treinamento em ocupação e invasão. O fazendeiro Pedro Batista da Silva e o vaqueiro Heleno Pedro da Silva, 43, são apontados como acusados de envolvimento no assassinato de Melquíades.

 

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