Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Amanhã, dia 29, a partir das 10 h, cerca de 3000 mil trabalhadores rurais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realizam um ato pelas principais ruas do município de Atalaia, zona da mata do Estado, denunciando a violência cometida contra as famílias Sem Terra e a impunidade que tem sustentados esses crimes. Na região há um grande predomínio de latifúndio canavieiro e é uma das de maior conflito agrário do Estado. Em onze anos foram assassinados três trabalhadores rurais, o caso mais recente foi o de Jaelson Melquíades assassinado no dia 29 de novembro, com cinco tiros, próximo a um assentamento, na região de Ouricuri, no município. E um ano após o crime, os executores e mandante continuam soltos e ameaçando as famílias Sem Terra acampadas e assentadas na região. Assim como Melquíades, José Elenilson (assassinado há sete anos) e Chico do sindicato ( assassinado há onze anos) foram os trabalhadores que tombaram na luta pela Reforma Agrária. E em onze anos todos os crimes ainda continuam impunes. Por isso as famílias Sem Terra saem às ruas de Atalaia, no dia em que completa um ano de assassinato de Jaelson para clamar por justiça e denunciar toda violência cometida e que ainda persegue todos e todas que lutam por terra e igualdade social. Hoje, das 25 fazendas da falida usina Ouricuri, 13 estão ocupadas pelo MST e atualmente constituem sete assentamentos, cinco acampamentos e um pré-assentamento (Genivaldo Moura). Os assentamentos Canudos e José Elenilson foram os primeiros e suas produções chegam a abastecer semanalmente três caminhões pequenos de macaxeira, feijão de corda, abóbora, melancia, amendoim (principal plantação), entre outros, que vão para a feira no centro de Atalaia.

 

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