
Foi realizada ontem pela manhã (13) uma audiência com representantes dos trabalhadores rurais da Destilaria Porto Alegre, localizada no município de Colônia Leopoldina, que foram até a sede do Ministério Público do Trabalho (MPT-AL) para denunciar o atraso no recebimento do salário.
Os bituqueiros, trabalhadores que recolhem a cana caída dos caminhões, foram ouvidos pela procuradora do Trabalho Lárah Rebelo e o auditor fiscal do trabalho, Allysson Jorge de Amorim. Eles informaram que deixaram o serviço no dia 14 de abril e, até agora, nenhuma das pessoas que atuam nas quatro frentes de trabalho da empresa receberam as verbas rescisórias.
A procuradora e o auditor fiscal do Trabalho Allysson Amorim mantiveram contato com a usina e a advogada Daniela Mafra, e foi confirmado que os trabalhadores vão receber os salários e as verbas rescisórias em atraso em duas parcelas, nos dias 15 e 22 deste mês. Para assegurar o compromisso, a advogada protocolará documento no MPT constando as informações prestadas à procuradora.
Na ocasião, também foram realizadas outras denúncias pelos trabalhadores rurais, como: execução do serviço durante à noite, onde têm que catar os pedaços menores de cana; descontos não-autorizados nos salários, como exemplo citaram a utilização da quadra de esportes, porém nunca tiveram acesso; e a ineficiência do sindicato, que não consegue representá-los como deveria. Mesmo diante dessas informações, as autoridades presentes detiveram-se apenas ao atraso do pagamento.
A Comissão Pastoral da Terra vem acompanhando o caso desde a manifestação realizada na terça-feira (12) ocorrida no pátio da usina e esteve presente na audiência. Diante da gravidade dos fatos e as novas acusações, a CPT-AL irá protocolar os dados e exigir as providências judiciais necessárias contra a exploração que os canavieiros estão sofrendo.
Comissão Pastoral da Terra - Alagoas
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