
As equipes do Ministério do Trabalho e do Ministério Público percorrem as lavouras de cana de açúcar atrás de irregularidades. A mais encontrada é a falta de equipamento! s de segurança, como luvas e óculos de proteção. Em Anhembi, na região de Piracicaba, esses trabalhadores ganham em média R$0,11
por metro de cana cortada e reclamam dos constantes atrasos do pagamento. "Quanto tempo? Sempre dez dias ou doze", revela um trabalhador.
Eles revelam que direitos trabalhistas não são pagos há dois anos. "Nem férias, nem décimo terceiro, nem abono de cana", declara outro trabalhador.
Um ônibus transporta 25 trabalhadores, todos os dias, percorre mais de cem quilômetros e está em condições precárias. A começar pelos bancos, com estofamento todo danificado. Alguns assentos nem o encosto têm. O material de trabalho precisa ser deixado em um compartimento. No ônibus, ele é jogado perto da porta, o que poderia provocar um acidente em caso de freada brusca. O assoalho está furado. E placas inteiras do chão do &oci! rc;nibus estão se soltando. Os pneus estão solad! os; e o pára-choque amarrado, com uma corda.
Mesmo nesse estado, o ônibus circula sem problemas e sem documentação. "A documentação está vencida. Estamos no despachante para arrumar ele", afirma o motorista José Campioni.
O Ministério do Trabalho autuou o dono da área e a usina que compra a cana. O ônibus foi interditado. "Não dá para entender o fornecedor de usar e expor o trabalhador ao risco em uma condição tão ruim, como esse ônibus", declara o coordenador de fiscalização Roberto Figueiredo.
As irregularidades contrastam com o bom momento do setor de cana que deve atingir uma safra recorde este ano com quase 5000 milhões de toneladas. Além das multas do Ministério do Trabalho, o Ministério Público vai propor que empresas e fornecedores assinem um termo de compromisso para eliminar as irregularidades.
A Justiça ainda! pode mover uma ação coletiva para reparação dos danos aos trabalhadores. A maioria é gente que veio do Nordeste em busca de um futuro melhor. "Não tem muita opção. Então, a gente vem para aqui", afirma um trabalhador.
O Ministério Público do Trabalho de Campinas fiscalizou sete frentes de corte de cana e, em todas, foram constatadas irregularidades, como falta de equipamentos de segurança, transporte irregular e outras ameaças à saúde do trabalhador.
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM846858-7823-DIREITOS+DE+CORTADORES+DE+CANA+SAO+DESRESPEITADOS+EM+SAO+PAULO,00.html
Eles revelam que direitos trabalhistas não são pagos há dois anos. "Nem férias, nem décimo terceiro, nem abono de cana", declara outro trabalhador.
Um ônibus transporta 25 trabalhadores, todos os dias, percorre mais de cem quilômetros e está em condições precárias. A começar pelos bancos, com estofamento todo danificado. Alguns assentos nem o encosto têm. O material de trabalho precisa ser deixado em um compartimento. No ônibus, ele é jogado perto da porta, o que poderia provocar um acidente em caso de freada brusca. O assoalho está furado. E placas inteiras do chão do &oci! rc;nibus estão se soltando. Os pneus estão solad! os; e o pára-choque amarrado, com uma corda.
Mesmo nesse estado, o ônibus circula sem problemas e sem documentação. "A documentação está vencida. Estamos no despachante para arrumar ele", afirma o motorista José Campioni.
O Ministério do Trabalho autuou o dono da área e a usina que compra a cana. O ônibus foi interditado. "Não dá para entender o fornecedor de usar e expor o trabalhador ao risco em uma condição tão ruim, como esse ônibus", declara o coordenador de fiscalização Roberto Figueiredo.
As irregularidades contrastam com o bom momento do setor de cana que deve atingir uma safra recorde este ano com quase 5000 milhões de toneladas. Além das multas do Ministério do Trabalho, o Ministério Público vai propor que empresas e fornecedores assinem um termo de compromisso para eliminar as irregularidades.
A Justiça ainda! pode mover uma ação coletiva para reparação dos danos aos trabalhadores. A maioria é gente que veio do Nordeste em busca de um futuro melhor. "Não tem muita opção. Então, a gente vem para aqui", afirma um trabalhador.
O Ministério Público do Trabalho de Campinas fiscalizou sete frentes de corte de cana e, em todas, foram constatadas irregularidades, como falta de equipamentos de segurança, transporte irregular e outras ameaças à saúde do trabalhador.
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM846858-7823-DIREITOS+DE+CORTADORES+DE+CANA+SAO+DESRESPEITADOS+EM+SAO+PAULO,00.html
Feraesp - 27/06/2008