Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Após denúncias das violações de direitos contra as famílias do Engenho São Bento, em Itambé, o Instituto de Terras e Reforma Agrária do Estado de Pernambuco (Iterpe) está no local, desde o dia 12, para realizar o levantamento sócio-ocupacional e o georreferenciamento da área.

O levantamento foi cobrado pela comunidade e por organizações sociais que acompanham o caso, como a CPT, a @fetape_oficial@ronaldo.fernanndes, entre outros, por ser uma medida importante para evidenciar a posse antiga e pacífica das famílias ameaçadas de expulsão. Apesar de o clima ser bastante tenso, as famílias seguem fornecendo informações à autarquia.

Entenda: A comunidade do Engenho São Bento vive há mais de quatro gerações no local. É formada por aproximadamente 40 famílias agriculturas posseiras. Agora, elas estão sendo ameaçadas de saírem das terras em razão de uma imissão de posse concedida à empresa 3R, pertencente à Usina São José, após aquisição do imóvel em um leilão judicial realizado na Justiça do Trabalho. Antes do leilão, o imóvel era da Usina Maravilha, da qual alguns agricultores do local são credores trabalhistas. Tanto o leilão judicial quanto a imissão de posse não levaram em consideração que na área já existiam famílias posseiras antigas, as quais têm direito à terra. Para a CPT Nordeste 2, é preciso que o Estado atue de forma decisiva na resolução desse conflito agrário! O direito à terra dessas famílias deve ser assegurado e respeitado.

 

Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

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