Cerca de 200 representantes das comunidades de pescadores de Paulo Afonso (BA), Delmiro Gouveia e Piranhas (AL), além de quebradores de pedra, agricultores familiares e piscicultores participaram da audiência pública realizada no Hotel Belvedere de Paulo Afonso, no dia 17 de abril, para discussão da implantação da Área de Proteção Ambiental Monumento Natural do Talhado do São Francisco, que compreende a área do Cânion do São Francisco.
SALGUEIRO – Um dia após a reunião de balanço dos dois anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo federal anunciou a implementação de um terceiro turno nas obras do projeto popularmente conhecido como transposição das águas do Rio São Francisco. Com isso, até o final do ano, a previsão é de que o número de trabalhadores diretos envolvidos no projeto, que até então vinha andando em ritmo lento, salte das atuais 2.023 pessoas para 4 mil já no dia 31 de abril. Até o final do ano, serão 15 mil empregados com carteira assinada. A intenção é entregar um dos dois canais que compõem a transposição, chamado de Eixo Leste, antes de terminado o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Ministério da Integração Nacional afirmou que as empresas LJA e a Ebisa, encarregadas de obras em um dos trechos da transposição do Rio São Francisco, desistiram do projeto. Segundo o ministério, o governo se negou a rever o valor do contrato e convocará as segundas colocadas na licitação para realizar as obras.
A Casa Civil diz em documento enviado ao TCU (Tribunal de Contas da União) que problemas apontados por auditorias do tribunal podem atrasar dez projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), entre eles a transposição do rio São Francisco. A informação consta de relatório do TCU. No documento, no entanto, o governo mantém avaliação mais otimista que o tribunal sobre o fim das obras.