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- Categoria: Agrotóxicos
Larissa Mies Bombardi
Departamento de Geografia– USP Professora do Programa de Pós Graduação em Geografia Humana USP
O objetivo deste artigo é trazer à luz duas questões fundamentais que envolvem a utilização de agrotóxicos. A primeira delas diz respeito à atuação das empresas transnacionais do setor de agrotóxicos, autodenominadas produtoras de “defensivos agrícolas”, cuja forma de organização e inserção no mercado visa a subordinação da renda da terra e se articula oligopolisticamente. A segunda questão diz respeito a uma forma silenciosa de violência no campo, que é resultado das intoxicações causadas pelo uso de tais substâncias. Estas intoxicações, além de serem em número extremamente elevado, têm levado à morte um número significativo de pessoas. Este artigo procura tecer uma interpretação sobre esta especificidade do desenvolvimento do capitalismo no campo e mapear as conseqüências deste modelo.
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O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), José Agenor Álvares da Silva, afirmou que o País é responsável por 1/5 do consumo mundial de agrotóxicos. O Brasil usa 19% de todos os defensivos agrícolas produzidos no mundo; os Estados Unidos, 17%; e o restante dos países, 64%.
Ele citou pesquisa segundo a qual o uso desses produtos cresceu 93% entre 2000 e 2010 em todo o mundo, mas no Brasil o percentual foi muito superior (190%).
Segundo o diretor da Anvisa, existem atualmente no País 130 empresas produtoras de defensivos agrícolas, que fabricam 2.400 tipos diferentes de produtos. Em 2010, foram vendidas 936 mil toneladas de agrotóxicos, negócio que movimenta US$ 7,3 bilhões.
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Durante o Congresso Mundial de Nutrição, realizado no último final de semana no Rio de Janeiro, dois estudos foram apresentados apontando os impactos do uso de agrotóxicos na saúde dos brasileiros. O primeiro documento foi o dossiê “Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde”, apresentado pela Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco). O trabalho aponta diversos tipos de contaminação por agrotóxicos, tais como na água da chuva, nos alimentos e até no leite materno. Segundo o estudo, um terço dos alimentos consumidos pelos brasileiro é contaminado.
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O Ministério da Saúde registrou 8 mil casos de intoxicação por agrotóxicos no Brasil em 2011. Entre os trabalhadores rurais, os dados apontam que um número cada vez maior de mulheres estão sendo afetadas pelo produto, embora existam mais notificações sobre a intoxicação de homens.